quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Encontro de fuscas no interior de Minas Gerais


Fuscas de verdade e miniatura somados a música da melhor da qualidade. É o que rolou este mês na cidade histórica de Tiradentes (MG) no II Classic Fusca Jazz Festival como mostra a matéria exibida neste sábado  (21/11) no programa Vrum, da TV Alterosa. (clique aqui e assista)


Família Cortadello e o Fusca 66

Fusqueiros e Fusqueiras lembram que Diego Renan iria contar a história do seu fusca 66? Pois é, sua mãe, Josi Fátima Cortadello, nos enviou, tenho certeza que vão amar:

"Nosso fusca está em nossa família desde o dia 16/12/1966, adquirido por meu bisavô Tenente Pádua, que na época comprou aqui em Ponta Grossa direto da concessionária na época Auto Nacional, hoje Servopa, a qual presenteou para minha avó Nadí de Pádua Cortadello, professora do ensino fundamental. Detalhe, temos até hoje a nota fiscal e as chaves originais dele.

De lá pra cá, foi passando gerações, minha mae Josí Cortadello, aprendeu a dirigir nele, isso com 9 anos, quando pegou escondido de minha avó e saiu dirigindo pelas ruas de Palmeira, onde moravam. Como sua estatura era pequena ela nao alcançava os pedais, tinha que ficar na ponta do banco, as pessoas olhavam assustadas pois nao conseguiam ver que ela estava dentro do carro, chamaram minha avó, e resultado ela acabou apanhando por causa de sua proeza.

De minha mae passou pra minha irmã Nairaleni que é mais velha que eu. A primeira vez que dirigi ele tinha meus 11 anos orientado por meu cunhado. Aí se vao 44 anos de história, hoje ele está com seus 95 mil Km originais, assim como seu motor 1200, sua lataria e pintura, bancos tudo como veio, e assim pretendo conservar, até que minha sobrinha Thainara hoje com 11 anos, daqui uns 7 anos, possa também sentir o prazer em dirigi-lo. "



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Homenagem ao Fusca de Ponta Grossa

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Dono: Diego Renan Cortadello

Homenageado: Fusca 1966

História: Na família há 44 anos


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Diego e seu xodó 1966

Equipe Fusqueiros Ponta Grossa - PR: 19 de junho de 2010

Diego e sua família no apaixonante fusca 1966...Todos juntos na carreata

Galera reunida com os fuscas para a carreata em Ponta Grossa




Convidamos Diego Renan a contar sua história com o fusca 1966, já que ele está há 44 anos na família. Estamos ansiosos com as estórias....Aguardem!!!




quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O fusca alvinegro de Teinha

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Nome: 'Teinha'

Cidade: Viçosa

Placa do fusca: GSA - 3335

Tempo de fusca: 24 anos

Frase marcante: "felicidade é
em horinhas com o meu fusca"
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Maristela Moura Silva Lima, ou simplesmente 'Teinha', chegou a cidade de Viçosa em 1984. Veio ser professora do Departamento de Educação Física trabalhando com a dança no departamento. Recém-chegada na cidade ela já possuia uma Honda Turuna. Acontece então um infeliz incidente e sua moto é roubada. Azar pela perda, por outro lado sorte. Teinha pouco tempo depois descobriu que a também professora da UFV Cátia Mary Volp possuía um fusca e tinha interesse em vender o veículo. Como no dito popular "juntou-se a fome com a vontade de comer". O negócio foi feito. Começa aí uma estória que já dura mais de 24 anos.

O fusca branco era praticamente novo já que Cátia havia adquirido-o novo e sua rodagem ainda era muito baixa. O estado de conservação, por sua vez, estava impecável. O carro possuía o carinhoso apelido de 'xuxu' dado por sua primeira dona.

Ao longo de tantos anos com o mesmo carro um grande carinho e toda uma história foi criada com o 'carrinho', como demonstra a professora. Ela diz ser bastante cuidadosa com a manuntenção de seu xodó, não dispensando os cuidados necessários com lanternagem e parte mecânica. Cuidadosa sim, ciumenta não. A dona diz que o gosto não se transforma, entretanto, em apego exagerado, tanto é que o carro sempre esteve a disposição de seus amigos quando necessário.

Torcedora atleticana, Teinha deixa isso mais que do claro na decoração do fusca. O carro possui adesivos pregados nos vidros, além de outros adereços em seu interior com as cores de seu time. Tapetes e estofados são personalizados. Em 2008 quando o Atlético completou 100 anos o fusca recebeu uma faixa preta sobre sua lataria como uma homenagem ao clube de coração da professora.

Como não poderia deixar de ser esse 'fusquinha' branco de placa GSA-3335 já pegou muita estrada por aí, muito além de terras viçosenses, inclusive. Vários já foram os destinos visitados por Teinha no 'carango': Guarapari, Brasília, Conceição do Araguaia, Calambal, Juiz de Fora e como não poderia deixar de ser o Mineirão em Belo Horizonte onde já foi assistir ao seu time do coração.

'Causos' engraçados também não faltam. A professora conta conta que certa vez levava três anciãs do Clube da 3ª Idade para a cidade de Porto Firme. Atolaram no meio do caminho. Eis que foram as três senhoras para ajudar a desatolar o carro, e com muito custo conseguiram como lembra com bom humor Teinha. 

Mais de duas décadas e muitas histórias. A professora que viera trabalhar no Departamento de Educação Física hoje está no Departamento de Dança. O carro que fora comprado quase novo já está velho e bastante rodado. Algo, no entanto, não se perdeu: trata-se do charme de seu fusca. E mesmo tendo outro carro a disposição em sua casa Teinha não abre mão do bom e velho 'carango'. Bom de dirigir e fácil de estacionar como afirma ela, mas, muito mais do que isso um prazer pessoal para a professora que adaptando um trecho de Guimarães Rosa encerra dizendo que "felicidade é em horinhas com o seu fusca".

Pensando em comprar um Fusca?


Siga esse guia do VM.Fusca.net:

- Verifique o pé de coluna quanto a pontos de ferrugem (o pé de coluna é o canto inferior das portas no lado da coluna).

- Passe as mãos embaixo das portas e verifique se lá não existem pontos de ferrugem.

- Olhe embaixo do carro quanto a pontos de ferrugem na estrutura do carro, as vezes a estrutura por si só invalida a compra do carro. Lembre-se: Fusca é 70% chassi e 30% carcaça.
- O Fusca original possui uma espécie de isolamento acústico colado no assoalho, se o Fusca que voce busca não possuir essa manta de borracha é provável que o assoalho tenha sido trocado.

- Olhe embaixo dos tapetes se há alguma mangueira de passando por ali. Geralmente há uma mangueira com a fiação que vai para o cofre do motor, mas uma segunda mangueira pode evidenciar que a linha de combustível foi refeita por dentro do carro.

- Num Fusca bom as portas devem bater de maneira suave, sem fazer muita força contra o carro.

- As marcas da Volkswagen devem existir em todos os vidros e as borrachas de vidro devem conter o friso de alumínio.

- Verifique cantos de janela, principalmente embaixo das borrachas se há marcas de ferrugem.

- Abra o capô e remova o estepe. Não devem haver marcas de solda ou ferrugem na caixa de estepe.

- Verifique a plaqueta de identificação, principalmente o número do chassi quanto a remarcações. O número deve bater com aquele que fica embaixo do banco traseiro, no túnel.

- O tanque de combustível nao deve ter marcas de ferrugem.

- Entre no carro, ligue as luzes, ligue o limpador de para-brisa, pisca-alerta (se houver) e dê seta e luz alta.

- O carpete que cobre o Fusca original possui um entrelaçado natural por baixo (algo parecido com uma fibra natural). Além disso, o carpete original é de tom cinza escuro, quase preto.

- Procure por eventuais reparos com fibra de vidro, é muito comum o reparo das caixas de ar (canto inferior interno das portas) com fibra.

- Ligue o carro, verifique se há queima de óleo. É normal o Fusca queimar algum óleo na partida, mas depois de alguns segundos esta queima deve cessar.

- Olhe se a fiação dentro do cofre do motor está ok e se não há marcas de derretimento ou curto. Olhe também a fiação na frente.

- Lembre-se: O Fusca original (exceto os últimos modelos) possui dínamo e não alternador.
- O carburador não deve apresentar vazamentos de combustível.

- Retire os cabos de vela e veja se o motor possui tucho em algum dos cilindros (o contato da vela estará mais alta que o normal).

- Olhe embaixo do motor e verifique se não há coifas de câmbio rasgadas ou com vazamento (coifas são as borrachas que envolvem a ponta do eixo que sai do cambio em direção as rodas traseiras).

- Veja se não há vazamentos no eixo piloto do motor (peça para um mecânico ajudar).

- Verifique se há folga no volante virando, com o carro parado, a direção até que a roda comece a se deslocar para ambos os lados.

- Olhe atentamente o número do motor e consulte a tabela de códigos de motor no link a seguir:
http://www.fuscaclube.com.br/motores.htm

A numeração do motor não deve obrigatoriamente bater com o número do chassi, porém o código de motor (com 2 letras) deve bater com a tabela de motores. A numeração deve ainda estar intacta, sem apresentar raspados, sinais de lixa ou “tipos de letra” diferentes na mesma inscrição.

- Verifique borrachas de vedação de portas e tampas.

As dicas acima são um resumo do Fusca perfeito, mas vale lembrar que um carro como este as vezes vale a pena ser restaurado, portanto mesmo se o Fusca que você quiser comprar não apresentar todas estas condições pense bem e avalie se o investimento compensa.